Baseada no livro homônimo de Isaac Asimov, A Fundação concluiu recentemente sua primeira temporada no Apple TV+ e dividiu opiniões no decorrer dos episódios.
Em dez episódios, a série se distanciou da história criada pelo autor na saga literária, sem tirar sua essência. No entanto, isso acabou não funcionando tão bem quanto deveria.
A série, assim como o livro, conta a história de um grupo de exilados que tentam proteger a humanidade de seu declínio e proteger a civilização futura após os cálculos de probabilidades do psico-historiador Hari Seldon, que previu a queda do grande Império Galáctico e a destruição da humanidade.
Diferenças entre livro e série
Embora essa seja a mesma trama vista na saga literária, a série desenvolve-a de forma muito diferente. Porém, isso já era esperado, visto que formato precisa de uma narrativa diferente e mais imersiva para funcionar.
No entanto, são tantas mudanças e discussões abordadas com um ritmo lento que, com certeza, afastou os fãs mais vorazes do romance de Asimov. Mas, vendo isso como uma nova produção, há bons momentos que devem ser considerados.
A inclusão de novas culturas, religiões e mitologias, favorece a construção das discussões existentes em A Fundação, que se baseia muito no teor político e religioso para desenvolver sua trama. Aqui, as diferenças culturais entre as civilizações na galáxia, são o ponto mais interessante da série.
Visualmente fantástica

Um ponto extremamente positivo na série, são os efeitos visuais absurdamente bonitos. Para uma série de televisão, A Fundação vai além do esperado para o visual. Sem dúvidas, é uma das produções mais bonitas dos últimos anos.
Não apenas os cenários, mas as cores vibrantes que diferenciam uma civilização da outra, os figurinos, maquiagens e a postura dos personagens, tornam a produção ainda mais bela, e isso não pode ser deixado de lado. É muito provável que a série concorra a premiações por estes êxitos.
Mas, infelizmente, há alguns problemas de ritmo que são bastante pertinentes. O lento desenvolvimento de cada episódio, torna a série um pouco desinteressante em seus primeiros episódios.
Há momentos bem sonolentos que dificultam a imersão do espectador, e isso prejudica muito o desenvolvimento da trama. No entanto, quando chega em seus últimos momentos, a série ganha um novo fôlego, mas, infelizmente, demora demais para chegar.
As atuações vistas aqui, não se sobressaem em quase nada, há um ou outro momento interessante, mas nada que saia do normal. Embora existam personagens interessantes no decorrer dos episódios.
Como, por exemplo, o trio de clones do Imperador Cleon I, geneticamente criados para darem segmento à vida do Imperador, ou as protagonistas Salvor Hardin (Leah Harvey) e Gaal Dornick (Lou Llobell), que trazem bons momentos em tela.
Considerações finais
A Fundação do Apple TV+, peca como uma adaptação do romance de Asimov, por trazer tantas mudanças na narrativa e na trama da série, no entanto, funciona muito bem como uma produção de ficção científica. Mesmo com ritmo desacelerado, consegue se consagrar como uma boa série para acompanhar.
Aliás, é mais uma série interessante com futuro promissor no catálogo da Apple TV+, que vem crescendo gradualmente.
A Fundação já teve sua segunda temporada confirmada.
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