Doutor Estranho no Multiverso da Loucura finalmente estreou nos cinemas. Mas será que cumpre sua proposta?
Dirigido por Sam Raimi (Homem-Aranha, Uma Noite Alucinante), o novo longa da Marvel Studios chega com a difícil tarefa de manter a qualidade do longa anterior. No entanto, o filme se sobressai nessa questão.
No filme, a jovem América Chávez (Xochitl Gomez), tem a incrível habilidade de viajar pelo Multiverso. Porém, seres poderosos e malignos cobiçam tal poder.
Então, a jovem procura a ajuda do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para ajudá-la a proteger o Multiverso e enfrentar uma nova, porém conhecida ameaça.
Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura, de Sam Raimi
Se a famosa fórmula Marvel aparentava estar com dias contados, agora é uma realidade. Sam Raimi, prova haver maneiras interessantes de contar histórias de heróis se desprendendo da mesmice.
Sem se apegar ao formato conhecido, o filme é desenvolvido com uma atmosfera mais densa e assustadora. Além disso, não perde tempo com questões alheias e vai direto ao ponto.
Raimi constrói um filme crível, no entanto, fantástico. Aliás, os elementos fantásticos são muito bem utilizados no longa. Por ser um filme com personagens com poderes mágicos, era de se esperar que esses elementos fossem bem utilizados. No entanto, o diretor vai além e entrega um belíssimo trabalho. Isso se deve à excelente fotografia e cinematografia do longa; visto que estes elementos realçam a qualidade técnica da produção.
Além disso, vale dizer que a entrega de Elizabeth Olsen, como a Feiticeira Escarlate, é de tirar o fôlego. O desempenho da atriz é assustador, mas, ao mesmo tempo, é triste e devastador.
O restante do elenco se sobressai muito bem, embora sem tantos destaques como ela. No entanto, todos merecem um ponto pela entrega.
Michael Waldron assina o roteiro de muita qualidade. Ele, que está envolvido em Loki e também Rick and Morty, demonstra muito de seu talento na narrativa.
Outro acerto de Sam Raimi neste filme está no ritmo. O filme é frenético e sem pausas, mas mesmo assim consegue criar diferentes climas de tensão — e até mesmo de romance.
Considerações finais
E com exagerados Deus Ex-Machinas, o roteiro entrega o que propõe. Mas quando abre margem para que Sam Raimi brinque no último ato, vamos muito além do que já vimos na Marvel.
Porém, infelizmente, o filme possui algumas conveniências de roteiro que tiram um pouco o clima. Mas os méritos estão todos lá.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é insano e assustador. Frenético desde seu primeiro momento até o fim. Entretanto, também consegue entregar momentos bonitos para esses personagens e, claro, nos divertir com seus fan services pontuais e inimagináveis.