Dead by Daylight (“DbD”) é uma história de sucesso, não só para jogos indies que se podem tornar populares junto do público, como também prova de que o multijogador está longe de estar morto. Desenvolvido e publicado pela Behaviour Digital Inc., este jogo online não é assim tão recente: foi lançado inicialmente em 2016 para PC, e a sua versão de console (PS4 e XBox) saiu em 2017. Mas como se joga exatamente?
Presa ou predador
A forma mais simples de explicar este jogo é imaginar que entrámos num filme de terror típico com três amigos: estamos todos fechados numa instalação (quinta, hospital, etc.), e estamos a tentar escapar de um serial killer com uma predileção por “nerds on a stick”. Neste caso, on a hook. Porque o objetivo deste assassino é matar os quatro sobreviventes, colocando-os num gancho até que A Entidade os reclame para o seu lado.
A Entidade é o Deus destas partes, uma mancha preta, bicuda e muito malévola, e se pudermos fugir dela, melhor. Para isso é preciso conseguir colocar cinco geradores a trabalhar no jogo, de modo a que a eletricidade se ative ao redor das instalações, e dois portões de saída possam ser abertos. O jogo acaba quando todos os sobreviventes estejam mortos ou tenham escapado, e até lá é mesmo um jogo de gato e rato.
Ou jogo de acção, sobrevivência e horror, como lhe chama o Steam, e principalmente: jogo de cooperação para sobreviver. Porque morrer sozinho não tem tanta piada assim.
Mas se este jogo saiu há dois anos… ainda estamos a jogar isto?
Tendo começado como um jogo de produção indie, a verdade é que DbD foi crescendo até se tornar um fenômeno capaz de suplantar até o jogo Friday, the 13th, que tem uma premissa muito similar e um orçamento mais elevado, mas que não conseguiu manter a sua popularidade por muito tempo.
Uma experiência com alguns bugs e falta de variedade foram algumas das queixas dos seus jogadores, e apesar de ambos os jogos terem até sido oferecidos para quem é subscritor do serviço de PS Plus em 2018, a base de jogadores do Dead by Daylight e a sua popularidade em plataformas como o YouTube e o Twitch não deixa de aumentar.
Pois parece que DbD aprendeu a lição, e junta a um entretenimento simples a possibilidade de comprar uma série de adições, desde cosméticos para ter aquele sobrevivente ou assassino único no jogo, a DLCs trimestrais, com novas personagens. Ainda este mês foi lançado um novo capítulo, chamado Darkness Among Us, que traz consigo um novo assassino e um novo sobrevivente.
E já que estamos na época natalícia, está também a decorrer o evento de Solstício de Natal, que nos oferece música e decoração adequada à época, para além de alguns pontos extra.
Portanto para além de comprar o jogo, ainda tenho de comprar o conteúdo? Sou rico ou quê?
Não não, uma das razões por detrás da popularidade do DbD é o facto de que grande parte do seu conteúdo está disponível atrás de uma wall… As boas notícias são que não é uma paywall, mas sim uma “grinding wall”! As personagens extra e até alguns cosméticos podem ser obtidos através do uso de uma unidade no jogo chamada Iridescent shards, que se ganham automaticamente como experiência por cada jogo jogado.
Assim, quanto mais se jogar, mais shards se ganham, e com elas podem ser comprados cosméticos, personagens e até Perks, que são as habilidades únicas de cada personagem no jogo (coisas do género “Urban Evasion”, que permite andar agachado com a mesma rapidez de andar normalmente, ou “Diversion”, a possibilidade de atirar uma pedrinha num lugar e atrair a atenção do assassino propositadamente).
Os únicos DLCs que são obrigatoriamente pagos têm personagens dos filme Halloween, Saw, The Texas Chainsaw Massacre and Nightmare on Elm Street, e não por ganância empresarial: estes DLC utilizam os elementos dos filmes com o mesmo nome, e estão portanto protegidos por Direitos de Autor que exigem essa monetização.
Mas o que são alguns euros ou reais quando se pode praticar stalking à séria com o Michael Myers…
Referências: Página Oficial DbD, Wiki