Annelies Marue Frank nasceu em 1929, na cidade de Frunkfurt, Alemanha. Filha de Otto e Edith Frank, a menina tinha por volta de 4 anos quando Hittler assumiu o poder ameaçando a segurança de todos que não tinham as características prezadas, principalmente judeus, quem odiava com fervor.
Hittler se aproveitou da fragilidade da Alemanha, após ser derrotada na Primeira Guerra Mundial, e rapidamente convenceu a todos de que a culpa da crise era dos judeus.
Em 1933 Anne sai da Alemanha, emigrando com sua família para Amsterdã, Holanda, em busca de segurança. Seu pai assume a direção da empresa Opekta, que fabricava estabilizante para geleia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em maio de 1940, a Holanda foi invadida pelos nazistas e começaram as restrições e perseguições aos judeus. Em seu décimo terceiro aniversário, pouco antes de começar a viver no esconderijo, Anne ganha um diário.
A vida no esconderijo
Em 1942, Anne e sua família se mudam para um anexo secreto dentro da empresa de seu pai, após um telefonema suspeito que Margot, sua irmã, recebeu. A partir daí, decidiram que era a hora de ir para um esconderijo.
Os pais de Anne foram para o anexo, com ajuda de pessoas que trabalhavam para Otto. O espaço era apertado, o medo sempre pairava e havia a necessidade de silêncio.
O esconderijo é descoberto e Anne é transportada
Na manhã de 4 de agosto de 1994 o esconderijo de Anne e sua família é encontrado. Junto a todos que estavam escondidos também são presas as duas pessoas que os ajudavam. Apesar da busca e da maneira covarde que são arrancados de seu esconderijo, uma parte dos escritos de Anne é preservada.
As pessoas escondidas são enviadas ao campo de concentração Auschwitz-Birkenau com uma viagem de comboio de, em média. três dias em vagões de gado extremamente apertados.
No campo de concentração todos são submetidos a exames, buscando aqueles que podem serem encaminhados para o trabalho. Os reprovados foram imediatamente incinerados nas câmaras de gás.
Algum tempo depois Anne e sua irmã foram transferidas para o campo de concentração Bergen-Belsen onde, devido as más condições de vida, após algum tempo morrem com um surto da doença conhecida como febre tifoide, mais precisamente em fevereiro de 1945.
O diário e seu impacto na vida da garota
Durante dois anos, em que passou escondida no anexo, Anne continuou a escrever sobre sua vida, e sentimentos, em “Kitty“, como chamava seu diário. Além disto escreveu curtas histórias, incluindo o inicio de um romance e anotas passagens de livros. É provável que a escrita tenha ajudado Anne a continuar lutando por sua vida, em uma época tão difícil, onde o sufoco de um pequeno anexo nem se compara ao sufoco do medo.
Anne é pega de surpresa quando o Ministro da Educação do governo holandês, em exílio na Inglaterra, faz um apelo na Radio Orange para que sejam mantidos diários e documentos desta época, tão terrível, de guerra. Isso a motiva a reescrever seus diários em uma única história intitulada: Het Achterhuis (O Anexo Secreto), mas infelizmente é interrompida pela descoberta do esconderijo.
O que aprendemos com Anne?
Já li algumas vezes o diário, que atualmente é encontrado em formato até de quadrinhos, e acho que uma das coisas que mais chama a atenção é que, mesmo tão nova, Anne tinha a exata noção da gravidade da situação em que se encontrava e mesmo assim não deixava de sonhar e acreditar em um amanhã melhor. Mesmo vivendo uma época tão complicada em tantos aspectos, entendo que esse olhar sonhador de uma criança não pode ser esquecido. Precisamos falar sobre Anne, conhecer sua história e aprender com ela.
O olhar doce de uma menina que estava se desenvolvendo e crescendo em um cenário tão terrível, sem perder a coragem e a esperança. Sua vontade de melhorar sempre, buscando não carregar a culpa das brigas dentro do anexo. A demonstração de que a convivência nem sempre é fácil, boa ou positiva, que tudo pode se tornar pesado e complicado. Mas se mantivermos a esperança e a vontade de evoluir conseguimos. Perceber uma jovem com sonho de se tornar uma escritora ou jornalista despedaçados serve também de motivação para lutarmos por nossos próprios sonhos e os sonhos de nossos mais próximos.
A Casa de Anne Frank e seu Diário
Otto Frank conseguiu recuperar o diário de Anne com Miep Gies e Bep Voskuijle e foi convencido a publica-lo por seus amigos. Tinha a esperança de que as pessoas se conscientizassem dos perigos que o preconceito trás.
O diário teve sua primeira edição publicada em 25 de junho de 1947. Em 1960, o esconderijo tornou-se um museu conhecido como: A Casa de Anne Frank, atualmente até mesmo com a possibilidade de tour virtual.
Otto morreu em agosto de 1980. O diário de Anne foi traduzido para diversas línguas (em torno de 30), além de ter se tornado e inspirado peças de teatro e o filme biográfico “O Diário de Anne Frank”, foi lançado em 1959, recebendo 3 premiações do Oscar. Um novo longa foi lançado em 2017.
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Já conhecia a história dessa jovem? O que mais lhe tocou? Conta aqui para a gente.
Referência: O Diário de Anne Frank, Revista Galileu