A mais de 100 anos conhecemos o vampiro Conde Dracula por conta de suas inúmeras aparições depois de sua popularização no livro Dracula (1897) do irlandês Bram Stoker. O personagem se tornou o monstro fictício com mais aparições na mídia popular, segundo o Guiness Book, e sem sombra de dúvidas é o vampiro mais famoso da história.
Sabendo isso, nós resolvemos falar um pouco sobre o “Filho do Diabo” ou “Nosferatu”, se preferir, suas características e principais aparições em filmes, séries, livros e quadrinhos que o transformaram nessa figura cultural que aterroriza o mundo há tantos anos.
Mas antes, você sabia que a principal inspiração para as histórias do vampiro é de um homem que realmente existiu? Vamos falar neste artigo um pouco sobre Vlad III, O Empalador, ou melhor, Duque Vlad Dracula.
Vlad III, O Empalador
Nascido em 7 de dezembro de 1431 na Transilvânia, filho de Vlad II, foi príncipe da Valáquia, e reinou entre 1456 – 1462. Embora tenha tido inúmeras conquistas, Vlad III, teve uma reputação bastante sanguinolenta por ser extremamente cruel com prisioneiros e inimigos durante suas conquistas.
Ele ganhou o apelido de “O Empalador”, pelo seu método de punição ou castigo, onde a pessoa era punida com uma lança que atravessava seu corpo, fincada no chão, com ela pendurada na estaca.
Além desta reputação cruel, seu sobrenome era Drácula, um patronímico — que é quando um nome ou sobrenome indica uma descendência paterna, com adição de um sufixo ou um prefixo. No caso o nome de seu pai era Vlad Drácul (Vlad, o Dragão), fazendo de seu filho Vlad Drácula (O filho do Dragão).
Vlad morreu em 14 de dezembro de 1476, e tem sua marca registrada na história até hoje por conta de sua crueldade, que veio a inspirar escritores como Bram Stoker a escrever a história do vampiro Conde Drácula.
Origem dos Vampiros
Embora Bram Stoker, o criador do Drácula seja irlandês, não é da Irlanda que surgiu o mito dos vampiros, foi no folclore da Europa Oriental, em países como Albânia, Hungria, Grécia e a atual Romênia. Os folclores chegaram nesses países pelo Império Habsburgo, que tinha sua sede na Áustria e dominava muitos territórios, entre eles alguns que tinham vampiros como cultura.
No século XVIII, existiam boatos e relatos de ataques reais de vampiros, o que fez com que o medo se generalizasse e propagasse as lendas por toda a Europa, fazendo com que inúmeros estudiosos da época fizessem livros com vampiros nos temas. Como exemplo o livro do teólogo e demonólogo, o monge beneditino Dom Augustine Calmet que escreveu o livro chamado Tratado das aparições de espíritos e de vampiros, em 1751. O livro contava relatos e lendas sobre casos de vampiros no Império Habsburgo.
Em 1819, o médico e escritor inglês John William Bolidori, escreveu o conto The Vampyre, que foi o marco dos vampiros fictícios na literatura. Mas a popularização dos monstros só se dá em 1897 com a obra de Bram Stoker (O Drácula), que conta a história de um vampiro que é um conde aristocrata e que vive na Transilvânia, o que fez com que inúmeras histórias depois dessa, viessem a dar essas características aos vampiros, principalmente ao Conde Drácula.
Onde fica a Transilvânia?
Transilvânia significa “Além da Floresta” e está localizada bem ao centro da Romênia. Durante muito tempo fez parte do Império Turco-Otomano, até ser conquistada pelo império Austríaco em 1683, onde foi controlada pelo Império Habsburgo até o fim da Primeira Guerra Mundial, e em 1920 passou a fazer parte da Romênia.
A Transilvânia está quase sempre ligada a tudo que envolve o Drácula, em diferentes histórias. E não apenas ao vampiro, como também de muitos outros monstros, em filmes, quadrinhos, livros e animações, onde até dá o título aos filmes animados Hotel Transilvânia, da Sony Pictures.
Principais aparições do Conde Drácula
São inúmeros os contos, livros, filmes, animações, histórias em que vemos o Conde Drácula. A biografia muda conforme a adaptação da obra, porém, em quase todas ele é um conde da Transilvânia que virou vampiro após a sua morte.
Além do livro de Bram Stoker já citado, podemos dizer que a aparição mais famosa esteja nos cinemas, como no filme de 1931 intitulado Drácula, e no excelentíssimo Drácula de Bram Stoker (1992), dirigido por Francis Ford Coppola, este último venceu três categorias no Óscar. Ainda no cinema, recentemente tivemos o filme Drácula: A História Nunca Contada (2014), de Gary Shore, e a trilogia animada chamada Hotel Trânsilvania, onde o vampiro é o dono do hotel, entre outros filmes como Van Hellsing: O Caçador de Monstros (2004), onde Drácula é o vilão.
Além das telonas, também podemos ver o Filho do Diabo nos animes e quadrinhos. No anime Hellsing, Drácula é Alucard — que ao contrário dá o nome do vampiro —, e no recente Castlevania da Netflix, Drácula é o grande vilão da história, assim como na série homônima de games. A Netflix ainda co-produziu uma série de três episódios intitulada Drácula, onde vemos uma nova adaptação do vampiro.
Nos quadrinhos, Drácula já foi vilão do Homem-Aranha na Marvel, o que ajudou a introduzir o personagem Blade na Casa de Idéias.
Além da Marvel, vale mencionar que o filme Drácula de Bram Stoker virou HQ com arte de Mike Mignola (Hellboy).
Espero que este artigo tenha ensinado algo ou despertado nostalgia aos leitores fãs do vampiro. Mas gostaria de saber, qual a sua obra favorita do Conde Drácula que não pode ficar de fora quando o assunto é vampiros?
Se gostou deste artigo e quer saber mais sobre o vampiro mais famoso da cultura pop e conhecer a origem das lendas sobre vampiros, confira estes livros: