E3 2016. Sony anuncia God of War e Days Gone, nos mostra novidades sobre o Spider-man e apresenta o novo projeto de Hideo Kojima. No mesmo ano, na Playstation Experience (PSX), The Last of Us Part II é anunciado junto com Detroit: Become Human e Ghost of Tsushina. Após isso, anúncios pontuais e com seus devidos destaques são feitos e lançados, mas nada que gere tanta repercussão como os supracitados.
Dois anos depois, na E3 2018, já com God of War e Detroit lançados e com Spider-man no gatilho para o lançamento, a Sony faz o que, para muitos da imprensa especializada, é a pior apresentação sonysta em anos. Muitos anúncios Thirdy-party, atualizações sobre jogos anunciados anos antes e nada de datas sobre os exclusivos já anunciados, além de não apresentar nenhum novo. Seria o começo do desmoronamento do império sonysta estabelecido nesta geração, logo no final dela?
Já no último semestre de 2018, ouviam-se boatos que a Sony não estaria na E3 2019, algo até então considerado surreal. Como assim a empresa que lidera o mercado ficará fora do evento que atrai olhares do mundo inteiro? Pois foi exatamente isso que aconteceu. Após anos, Playstation não estará nem no show floor (local onde público pode testar os jogos na E3). Segundo representantes da Sony, a E3 já não é um evento tão chamativo assim, se tornando um modelo obsoleto de apresentação de conteúdo. Junte essa afirmação com a clássica desculpa de que a empresa está focando nos jogos já anunciados e terá a forma perfeita e clássica de sair de cena.
Certamente a Sony não acha a E3 realmente obsoleta, da mesma forma que ela pode muito bem fazer a apresentação dos jogos exclusivos anunciados junto com os thirdy-party e ainda assim focar na produção nos seus jogos. O que realmente se passa na Sony é: Muitos jogos anunciados prematuramente. Jogos sem data de lançamento e provavelmente que serão crossgen, porém, dizer que um jogo, como The Last of Us Part II, que fora anunciado em 2016, irá ter uma versão para o Playstation 5 (e mais otimizada com certeza), iria gerar revolta nos fãs, visto que a empresa já estaria pensando na próxima geração 3 anos depois de lançar a atual. Seria isso desrespeitar os fãs e consumidores, uma vez que muitos devem ter comprado o console justamente para jogar estes jogos. Vale ressaltar que, durante a exposição do gameplay de The Last of Us Part II, levantou-se a dúvida se o jogo realmente estaria sendo jogado ao vivo ou se era cenas scriptadas e até mesmo se o game estaria sendo rodado em um Playstation 4, tamanho eram os detalhes e novidades do jogo (algumas questões parecidas também foram levantadas quanto ao Ghost of Tsushima, porém, este foi devido ao alto nível gráfico apresentado).
Fato é, a Sony apresentou 4 jogos exclusivos na E3 2018, destes, somente o Days gone tem uma data anunciada, esta que sofreu alguns adiamentos (e finalmente vai sair no fim do mês que vem, perto do Mortal Kombat 11). Faltou a Sony planejamento para a fase final da geração? Sim. Falta jogos ao Playstation? Não, a essa altura da geração, há muitos exclusivos para o console que o deixa a frente do seu concorrente, (pelo menos nessa geração).
Por fim, a falta da Sony na E3 é o que a Microsoft mais queria, além de ser a apresentação principal do evento deste ano, poderá preparar o terreno para o seu próximo console, anunciar os frutos que a compra dos estúdios lhe proporcionou e ainda ganhar novos fãs e parcerias, visto que desenvolvedoras que usam empresas maiores para marketing (casos de Activision, Square Enix, EA, Capcom, TakeTwo e etc) devem usar a plataforma verde para anúncios.
A próxima geração começará de uma forma violenta, Microsoft buscando reconquistar fãs e mostrar que pode ter os grandes exclusivos de outrora e cair da boca do povo gamer, enquanto cabe a Sony manter a sua base e mostrar que ainda pode manter franquias consagradas e anunciar novas, sem se atrapalhar nas suas próprias pernas em questão de anúncios.