Mais uma vez sob a direção de Tim Burton, Batman: O Retorno é a sequência do tão bem-sucedido primeiro filme.
Nessa continuação, o empresário Max Schrek (Christopher Walken) tenta transformar o Pinguim (Danny DeVito), um homem deformado que foi abandonado ainda bebê nos esgotos, no prefeito de Gotham. Nesse meio tempo, a Mulher-Gato (Michelle Pfeiffer) surge, tornando-se mais uma ameaça para o Batman (Michael Keaton).
Batman: O Retorno e o fator diversão
Se tem uma coisa que esse filme sabe fazer é: ser divertido. Após um grandioso primeiro filme, é normal surgir o receio da continuação não ser tão boa quanto. No entanto, Batman: O Retorno apresenta uma nova história, com mais núcleos de afeiçoamento por parte do público.
É interessante como o filme tem timing. Ele sabe a hora de aplicar humor, ser malicioso e usar doses de violência sem ser pesada graficamente. O próprio Batman está aprimorado no filme, com mais equipamentos e acessórios no Batmóvel, proporcionando uma ação mais enriquecida.
Como essa história lida com mais substância e uma nítida expansão desse universo, muito disso poderia soar inflado na história. Mas como não se empolgar com muitas das decisões tomadas? Existe uma divisão acertada sobre como esses núcleos se encaixam no filme.
Nesse sentido, conforme essas boas ideias desensolvem, nós gostamos de estar acompanhando. O que irá acontecer com o Batman após uma determinada união? E como serão as coisas após haver as revelações? Qual atitude o Pinguim irá tomar? E como irá funcionar determinada virada? Tudo isso é muito instigante!
As excelentes adições
Chega a ser impossível não citar os dois personagens que ofuscam o Batman no filme. Primeiro: Mulher-Gato. Que interpretação maravilhosa! Além de a personagem ter um excelente arco na história, Michelle Pfeiffer transparece a sensualidade da personagem e o peso dramático que ela carrega.
Vemos as circunstâncias que a personagem se encontra, e é excelente ver como ela foi disruptiva com ela mesma, se tornando o que é. Todas as cenas com ela são hipnotizantes, além de seu visual marcante. Dessa forma, ela sabe como transicionar a fisicalidade e articula sua voz perfeitamente.
Segundo: o Pinguim de Danny DeVito, que presença! Por um tempo, sentimos dó desse personagem, porém, ele também consegue ser muito asqueroso. Assim, os conceitos estabelecidos tanto para ele quanto para a Mulher-Gato, deixam esse universo com um tom mais fantasioso. Esses visuais e escala deixam o filme maior.
O filme brinca muito com a relação Bruce e Selina, afinal ambos guardam um segredo. Então, chega a ser muito cômico quando acompanhamos os dois lados dessa relação, onde em um, temos o ressalte da atração física. Enquanto no outro, a emoção fala mais alto, até que temos a mescla de ambos.
No entanto, a Gotham desse filme não se destaca tanto como a do filme anterior. E, como foi citado anteriormente, o Batman fica totalmente em segundo plano. Além disso, o personagem de Christopher Walken podia ser melhor embasado e há decisões questionáveis no terceiro ato do filme.
Portanto, Batman: O Retorno está recheado de bons elementos. Sabe aqueles momentos que serão eternizados? O filme está cheio! Muito disso marca e só nos deixa ansiosos para saber o que iria acontecer em um próximo filme, que iria fechar essa trilogia.