Sim Nerds… Estamos na eminência de uma das datas mais “empolgantes” do ano para nosso grande clã. Chegamos ao dia da toalha e, não menos importante, ao dia do Orgulho Nerd.
Não está implícito no código nerd, que conhecer todos os filmes e referências seja uma obrigação. Porém é, para maioria de nós, um hobby cultivado com muito carinho e apresso. Assim, para todo os fãs do CN42 é meio natural nutrir um carinho pelo mestre Douglas Adams (1952-2001) e uma de suas obras mais conhecidas: O Guia do Mochileiro das Galaxias.
Como citado no post Dia da toalha | Um guia sobre esta data popular, Adams foi convidado pela Rádio BBC 4 a fazer uma série de comédia e ficção científica. No ano seguinte foi publicado o primeiro livro da saga O Guia do Mochileiro das Galáxias.
A ideia de trazer essa obra prima nerd para o cinema durou mais de 20 anos. Em 1982 Adams produziu três versões diferentes para o roteiro, mas não agradaram aos produtores. O projeto foi adiado para que outra comédia fosse produzida: Os Caça-fantasmas, lançado em 1984.
Dezessete anos mais tarde, enquanto estava finalizando o roteiro para o filme, Adams sofre uma parada cardíaca e morre (11/05/2001). Após o segundo adiamento, devido a morte do autor, o filme finalmente é lançado em abril de 2005, com parte do roteiro original de Adams e homenagens ao autor.

O Guia do Mochileiro das Galaxias ( The Hitchhiker’s guide to the Galaxy) é um filme bom, uma vez que não surpreende, da mesma forma que nos livros, com sua produção. Nos livros Adams descreve com riqueza de detalhes cenas e personagens, afinal precisamos ver o que sua imaginação desenha enquanto escreve. No cinema, ter um narrador descrevendo o que se está assistindo chega a ser bizarro e frustante, em alguns momentos. Tudo bem que o humor britânico, a moda Monty Python, não agrada a todos, mas ter de explicar piada é implicitamente assumir que o público é idiota a ponto de não compreender o filme.
Abstraindo do que se conhece dos livros e assistindo apenas ao filme, o espectador será apresentado a uma aventura espacial, com uma infinidade de cenários, técnicas de maquiagem e recursos digitais, que vão a desenhos animados, stop-motion e até mesmo bonecos de lã.

Arthur Dent, um inglês comum, está tendo um dia bastante desagradável e cheio de novidades. Sua casa está prestes a ser demolida, para a construção de um desvio no meio do nada, seu melhor amigo, Ford, é, na verdade, um extraterrestre e, para completar a mais drástica de todas as revelações, a Terra, assim como sua casa, será destruída, mas para a construção de uma importante nova auto-estrada!
Ao longo de sua jornada pela sobrevivência, encontra a mulher que, perdeu pra um cara com uma nave espacial, com o cara da nave espacial! Conhece outras raças e planetas, além de aprender o quão importante é ter sua própria toalha e nunca perdê-la de vista. Também aprende conselhos muito valiosos para qualquer mochileiro, como não deixar que Vogons recitem poemas.
Se ainda não teve o prazer de desfrutar dessa obra criativa, vai aprender que deve muito mais aos ratos do que um dia imaginou. Mas cuidados com eles, são muito mais astutos que nós humanos. Além disso, a obra pode te ajudar a entender que tudo tem um porquê, que nem sempre é o que esperamos mas que precisa ser da forma que é.
Veja a seguir o Trailer original:
Bom, é perceptível que essa crítica tem um viés de uma apaixonada pela obra original e que o fato do filme ter tentado ser muito fiel a obra supre as insuficiências em relação aos pontos fracos, como excesso de explicação de algumas piadas e recursos digitais dispensáveis. Mesmo com alguns problemas, é um filme que merece um momento pra relaxar e se distrair, além da obra, que deveria estar na biblioteca de todo nerd/mochileiro.