Sinopse: Liana é a mais nova moradora de Yellow Rose, um bairro pequeno de Blue Lake Hills, famoso pelo cultivo de rosas amarelas e turismo. Depois de adquirir um antigo chalé, a jovem esperava levar uma vida tranquila, mas sua história é transformada totalmente depois que presenciou um acidente de trânsito envolvendo um homem misterioso e sedutor, Dylan Carlson, que lhe proporcionava um enorme fascínio. Alguém que muda o seu futuro e lhe apresenta um universo totalmente novo e desconhecido.
Nem só de clássicos vive a literatura nacional. Às vezes é preciso cavar um pouco fundo para encontrarmos algo que transpõe nossas expectativas.
Nas primeiras páginas de Estrada para Yellow Rose: Liana, somos apresentados ao mundo em que seremos inseridos pelos próximos capítulos. Conhecemos mais sobre a cidadezinha pacata e feliz em que nossa protagonista mora, e com quem ela mantém contato. Alvo de discussão de muitos leitores, a descrição de ambiente sempre gera comentários, e aqui não é diferente: Infelizmente o e-book peca no excesso de detalhes nos primeiros capítulos. Ao longo do livro, fica claro que, de fato, era necessário que conhecêssemos mais sobre os personagens secundários, mas talvez fosse mais eficaz usar a regra do Show, not Tell para integrar o leitor aos acontecimentos.
Sabe o que aquece o coração de qualquer leitor? Uma linguagem simples. Todo bom leitor adora ler um livro que bagunça seus ideais e faz duvidar sobre a própria alfabetização, mas é sempre bom ler algo que possamos captar na mesma hora. Com muitas cenas de ação. Sem dúvidas o livro acerta na escrita descomplicada, que permite visualizarmos os movimentos feitos e atingir a compreensão dos acontecimentos. Esse fator positivo se torna ainda mais evidente devido ao trabalho de pesquisa da história; Entre dragões, vampiros, lobisomens — e outras criaturas —, às vezes é complicado distinguir quem está onde, e a escrita certamente facilita.
Liana Morgan é um tipo que eu gostaria de ver mais vezes em outros lugares, com uma personalidade esférica e que mostra seus lados. É fácil criar um herói, difícil é criar um herói com atitudes controversas, mas que ainda cative o público. Mesmo que Liana seja uma heróina, ela ainda tem de tomar decisões duras, e confiar que tudo dará certo. Também é quase animador ver uma protagonista feminina que mostra sua faceta delicada e a ‘durona’ de maneira aberta, diferente de muitos livros em que vemos mulheres sendo idealizadas, sempre perfeitas, sempre delicadas e gentis o tempo inteiro. No entanto, é perceptível que ao se reencontrar com seu passado, seu heroísmo é rapidamente deixado de lado, sendo alvo de proteção de outros.
Dito isso, o enredo do livro é ótimo! As cenas estão bem distribuídas e a cada capítulo, nossa atenção se prende mais às linhas. Todavia, de tempos em tempos parece que as soluções para os problemas não seguem uma lógica plausível, surgindo de maneira conveniente ao resgate dos heróis.
No tocante aos detalhes técnicos, a editoração foi um pequeno incômodo pois o texto não estava 100% alinhado, o que atrasa a leitura nos aparelhos móveis. Quanto ao design da capa, seria bom ver algo que ilustrasse melhor o enredo do livro, talvez com uma vibe mais fantástica.
Estrada para Yellow Rose: Liana é um livro para quando a gente precisa relaxar e se envolver com a cultura, com o mundo artístico. É para quando a gente precisa olhar um pouco ao redor e explorar outros mundos.
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