Sinopse: Quando minha irmã tinha oito anos, ela sumiu. Na época, achei que não poderia haver coisa pior. E então ela voltou.
Sabe o famoso filme O Clube dos Cinco? De alguma forma esquisita, é possível relacionar essas duas obras distintas em uma única semelhança: Cinco jovens super diferentes — Joe Thorne, Chris, Fletch, Marie e Hurst — se metem em uma enrascada, e isso os marca para sempre.
Joe Thorne é um homem problemático que faz da bebida sua melhor amiga, e está sempre lembrando da irmã mais nova, Annie. Após receber um e-mail misterioso, ele decide voltar à cidade natal. Com um currículo perfeito — e claramente falso —, ele ocupa o antigo cargo da falecida professora Julia Morton. E ainda por cima, ocupa o chalé em que ela habitava. Esses fatos alertam a sirene nas mentes dos moradores de Arnhill, que passam a desconfiar cada vez mais da presença do novo professor de inglês.
O cenário inicial já parece sombrio o bastante. Julia e Ben Morton estavam mortos em seu chalé. Com o histórico de doenças mentais da professora, mais o “Não é meu filho” escrito em sangue na parede do quarto do garoto, é óbvio que a mãe é a culpada de tudo. Será?
Ao longo do livro, a situação inteira se torna ainda mais aterrorizante quando percebemos o lado sobrenatural envolvido e de que as tragédias não estão somente conectadas, mas destinadas a se repetirem, em um ciclo de tragédias na cidade que datam desde XVI até os dias de hoje.
Mas acredito que seja possível sentir o eco de coisas ruins. Ele fica impresso no tecido de nossa realidade, como uma pegada no concreto. O que quer que tenha deixado a impressão desapareceu há muito tempo, mas jamais se pode apagar a marca.”
É compreensível a importância de conectar os vários acontecimentos a trama central, mas C. J. Tudor peca nos excessos. Simon, por exemplo, parece óbvio que desempenhará um grande papel de antagonismo na obra, mas sua única função é representar a falta de confiança de outros a presença de Joe.
Também é importante apontar que com as várias tramas secundárias, há um excesso de personagens, os quais a autora felizmente consegue manejá-los bem, de maneira que saibamos os trejeitos de cada um, baseada na percepção e mudança de sentimentos de Thorne. Nesse caso, até os traços fixos do personagem se tornam positivos, porque podemos avaliar as alterações no ambiente.
Ah, que edição linda a da Intríseca! De capa dura e simples, com uma sinopse curta, faz bem seu trabalho em atrair o leitor para o mistério. O Que Aconteceu Com Annie é uma história complexa, aterrorizante e que faz com que você reflita por horas depois de ler o final.
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E o que aconteceu com Annie? Que tal ler para descobrir?
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