O filme dos diretores Serik Beiseuov e Vyacheslav Lisnevskiy, Gemini: O Planeta Sombrio, é uma ficção científica distópica e terror espacial.
O filme, após divulgar seu primeiro trailer, chamou a atenção de diversos fãs do gênero por conta do seu visual, que lembra muito a franquia Alien. No entanto, o filme entrega um resultado muito, muito longe do esperado.
A convite da Espaço Z, nós, do Código Nerd, assistimos ao filme. Confira nossa crítica.
Gemini: O Planeta Sombrio é um amontoado de ideias que não se conversam
No filme, uma equipe de cientistas embarca em uma missão espacial enviada para terraformar um planeta distante, após o planeta Terra ser devastado por um vírus. No entanto, a equipe acaba atracando em um planeta desconhecido, onde descobrem haver algo muito maior envolvido na missão.
Gemini: O Planeta Sombrio à primeira vista, vende uma ideia batida de distopia e a busca por um planeta sustentável. No entanto, apresenta conteúdos em sua narrativa que tornam a trama interessante.
Infelizmente, outras ideias e conteúdos narrativos vão aparecendo no decorrer da trama, tornando toda a apresentação da história uma grande bagunça de ideias.
Ao que parece, roteiristas e diretores quiseram homenagear grandes as narrativas da ficção científica, tudo em um único filme, mas feito de uma maneira orgânica e muito mal organizada.
Além disso, o filme sofre em ritmo, atuações e trilha sonora. O ritmo é lento em grande parte do longa, e no último ato é tão frenético que acaba gerando confusão no espectador.
As atuações não são nada carismáticas, e acabam sendo até um pouco caricatas demais. Não há vinculo algum com os personagens, tampouco o sentimento de urgência com os mesmos, já que não há nenhum apego.
A trilha sonora fica a todo momento querendo emocionar, mas é repetitiva e, às vezes, monótona; em alguns momentos, tira totalmente a imersão do filme.
Visual e outros pontos interessantes
Embora o longa tenha diversos problemas, há pontos interessantes no filme, como o visual.
O filme tem cenas bonitas quando envolve conceitos do sci-fi. Além disso, a maquiagem em alguns momentos chama muito a atenção.
Outro fator é o visual dos elementos alienígenas do filme, que remetem à estética biomecânica de H.R. Giger — outro motivo que lembra a saga Alien, já que Giger foi o responsável pelo visual do Xenomorfo.
O filme possui um plot twist interessante, que poderia render mais se tivesse sido bem executado. No entanto, o plot é construído com elementos bem interessantes, mas que, infelizmente, não são bem aproveitados.
Conclusão
Gemini: O Planeta Sombrio é uma obra de ficção científica que mergulha em diversos clichês do gênero e não apresenta nada de novo em sua narrativa.
Além disso, possui poucos momentos memoráveis, se tornando apenas mais um filme de seres humanos lutando contra alienígenas em planetas desconhecidos.