Ridley Scott dirige um filme emblemático e muito tenso, sem usar muita ação e, em O Último Duelo, dá uma visão tripla sobre um polêmico tema.
Por tratar de um acontecimento real, o longa exige muito dos atores. Os três principais desempenham papéis fabulosos para contar esta história. Além disso, o filme não traz tantas cenas de ação, focando no diálogo e, assim, garantindo uma trama bem tensa.
A narrativa usada pelo diretor se mostra uma boa estratégia. Desse modo, não é apenas uma versão da história, mas, sim, três visões diferentes, onde algumas lacunas podem ser preenchidas conforme a história é contada.
A produção de O Último Duelo também é excelente: figurino, fotografia e trilha sonora; somos levados ao ambiente da história e, junto das excelentes atuações, conseguimos sentir cada momento dela. Um detalhe importante: o rosto das mulheres que figuram no filme, sempre muito visível, como se elas parecessem com a protagonista.
Apesar da extensa duração, a narrativa é bem construída. Porém, é indicada a quem gosta deste estilo de filme. Justamente pela pouca ação, a produção pode não agradar muito, mas o foco da trama vai além das batalhas e se concentra nos costumes da época.
A edição do filme pode gerar um certo desconforto, por conta de alguns momentos onde a narrativa e a passagem de tempo se tornam um pouco confusas; não dá para saber quanto tempo se passa entre alguns acontecimentos. Além deste detalhe, a produção conta com efeitos práticos que ficam estranhos em tela, como, por exemplo, nos momentos em que as barrigas de gravidez parecem visivelmente falsas. Contudo, essa questão não prejudica o entendimento da história.
O Último Duelo vale a pena ser conferido. É um trabalho esplendoroso do diretor e do elenco.
Para fãs de filmes históricos, é uma bela recomendação!