Escrito e dirigido por George Lucas, Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança foi um dos blockbusters mais influentes de sua era. Com o orçamento de onze milhões de dólares, o longa faturou setecentos e setenta e cinco milhões e foi responsável por conquistar toda uma geração, no fim da década de 1970 e início da década de 1980.
Mas, afinal, quais são os fatores tão cativantes nesta história?
No filme, a Princesa Leia (Carrie Fisher) está sendo mantida refém pelas forças malígnas do Império. Luke Skywalker (Mark Hamill), Obi-Wan (Alec Guinness), Han Solo (Harrison Ford) e Chewbacca (Peter Mayhew) precisarão libertá-la e acabar de vez com uma grande criação do Império e ameaça à galáxia, a Estrela da Morte.
O impacto de Star Wars: Uma Nova Esperança
Acima de tudo, Uma Nova Esperança é extremamente divertido. Uma história deve ser boa naturalmente, mas o que sempre irá cativar o público é o seu envolvimento com os personagens. E Star Wars é exatamente isso: personagens.
A jornada de Luke, desse personagem em busca do propósito, é ótima de acompanhar. A forma excêntrica e carsimática de Han Solo, nos faz gostar do personagem. A ousadia e coragem de Leia, fazem com que nos importemos com o que irá acontecer com ela.
O roteiro do filme é muito eficiente. As situações são devidamente apresentadas e resolvidas, estabelecendo uma excelente urgência para a história, afinal, a vida desses personagens está o tempo todo em risco.
A trilha sonora marca desde os créditos iniciais, sendo uma das maiores do cinema e estando perfeitamente encaixada. Esse universo possui uma identidade visual forte, ele é devidamente apresentado e a junção de tudo que você vê e ouve traz impacto e novidade à experiência.
Esse foi o primeiro filme da saga lançado, no entanto, essa história surge partindo de um ponto em que os conflitos e a guerra já existem. Mesmo assim, daquilo que nos é dito e mostrado, conseguimos ter uma boa noção do que está ocorrendo nessa era tão perturbada e o que deverá ser feito. Aliás, o conceito da Força é lindo!
Analisando o longa após ver os filmes seguintes, pequenos detalhes que viriam a ser importantes no futuro, estavam lá desde o início. Então, é sempre bom revisitar esse episódio já sabendo o que acontece na mitologia.
O filme envelheceu mal?
Muitos efeitos do filme são realizados de forma prática, o que é louvável. No entanto, existem algumas coisas que já soam datadas e fica negativamente nítida a maneira manual com que realizaram aquilo, como, por exemplo: o visual de alguns personagens.
A respeito das atuações, Harrison Ford é o maior destaque do filme e ele não é protagonista. Enquanto Mark Hamill, mesmo parecendo animado de estar ali, não convence em cenas de drama. Parte do elenco é competente e a outra é mediana, talvez tenha faltado maior rigor na direção de Lucas.
Vemos como esse fator se agrava na luta final entre Vader e Kenobi. Mesmo que tenha o investimento emocional, o embate soa pouco inspirado e, visivelmente, poderia ser mais épico. Esse tipo de coisa, o George Lucas não se preocupa em alterar.
O filme possui excelentes ideias e vários pontos a se destacar. Porém, existem situações em que o ritmo se perde. Há momentos bem lentos e outros que soam rápido demais. Além das naturais conveniências, como, por exemplo: os Stormtroopers serem terrivelmente ruins de mira.
Esses pontos negativos merecem ser ressaltados, mas, de forma alguma, eles excluem ou se sobressaem em relação ao que o filme acerta. É aquele ditado: filmes bons não tem data de validade.
O coração do filme continua batendo, mesmo após 45 anos. O ”universo” é incrível, a ação é ótima, a aventura tem urgência e os personagens continuarão marcados por muito tempo. Portanto, se conhecemos Star Wars como é hoje, com tanto material e discussões, é graças a Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança. Foi esse filme que começou tudo!