Dirigido por Richard Marquand, Star Wars Episódio VI: O Retorno de Jedi foi o encerramento tão aguardado da trilogia Star Wars. Após os conflitos criados no fim de O Império Contra-Ataca, muito se esperava sobre como tudo seria resolvido no capítulo final. Mas, afinal, será que esse desfecho foi satisfatório como esperávamos?
No filme, Luke Skywalker (Mark Hamill) e seus amigos viajam para Tatooine para salvar Han Solo (Harrison Ford). Após isso, o Império começa a construção de uma segunda Estrela da Morte e os Rebeldes terão que impedi-los. Nesse meio tempo, Luke se esforça para trazer Darth Vader (James Earl Jones, David Prowse, Sebastian Lewis Shaw) para o Lado da Luz.
O Retorno de Jedi como conclusão da história
Depois do altíssimo padrão de qualidade estabelecido por O Império Contra-Ataca, dificilmente o que viria depois chegaria perto. No entanto, devemos destacar como a primeira hora de O Retorno de Jedi é incrível.
Toda a dinâmica do resgate de Han Solo nos envolve do início ao fim. Aquilo que tanto queríamos ver, consegue passar um ótimo senso de perigo e o desfecho se mostra empolgante.
As brechas deixadas ao fim de seu antecessor, conseguem ser agradavelmente concluídas. Além dos momentos de reflexão e esclarecimento, que cada vez mais, encaminham o destino do nosso querido protagonista.
Todas as partes envolvendo Luke Skywalker e Darth Vader são empolgantes. Nesses momentos, além da tensão do que pode acontecer em ambos os lados, temos um alto investimento emocional construído com esses personagens. A luta é empolgante, a trilha é bem posicionada e o desfecho dessa relação é memorável.
Esse filme, nos transmite uma das mensagens mais fortes dentro desse universo: a redenção. O amor, ódio e compaixão de Luke sustentam nosso vínculo com o personagem. Enquanto Vader, é um personagem completamente frágil e com camadas a serem exploradas.
O Imperador finalmente dá as caras. O roteiro e a interpretação persuasiva de Ian McDiarmid passam toda a imponência que esse personagem demanda. Então, o conflito principal do filme, envolvendo esses três personagens, consegue ser gradual, imprevisível e consistente.
É impossível não se emocionar com o final desta história. Tudo aquilo que os filmes anteriores construíam, aqui, se torna catártico e épico. Dessa forma, a jornada dos personagens se encerra e finalmente temos uma galáxia em paz.
Os problemas que não tinham antes
Como citado anteriormente, a primeira hora do filme demonstrava muito potencial. No entanto, quando somos situados em Endor e conhecemos os Ewooks, as intercalações chegam a ser irritantes.
Há momentos em que estamos investidos no grande conflito da história e o filme corta para essas aberrações de pelúcia. Star Wars sempre teve humor, como por exemplo: as frequentes interações entre C-3P0 e R2-D2, que rendem momentos descontraídos.
Porém, o tempo de tela dos Ewooks e a importância dada a esses personagens, deixa parte do tom do filme infantil. George Lucas viria a fazer mais disso anos mais tarde, com Jar Jar Binks em A Ameaça Fantasma. É bobo ao extremo e nos faz questionar porque isso está sendo mostrado. De fato, existem conveniências que podemos relevar, mas essa não é uma delas.
E dentre os três filmes, esse é o que soa mais inchado. Nesse sentido, ele poderia facilmente ser menor em duração, ou, de repente, tomar outra decisão criativa para os personagens que tanto gostávamos de ver na história. Afinal, eles estão inseridos em um núcleo desinteressante.
Portanto, Star Wars Episódio VI: O Retorno de Jedi possui nítidos problemas de ritmo, mas ele não deixa de nos comover e se mostrar como uma ótima conclusão. Além disso, ele torna Star Wars, uma das trilogias mais sólidas do cinema, carregando uma das partes mais importantes desta grande história!