Dirigido por Tim Burton, o Batman de 1989 é um dos filmes mais queridos pelos fãs do herói. Além de ter um Batman que, para muitas pessoas, é o melhor, o longa apresenta uma série de fatores que o tornaram tão icônico.
No filme, Bruce Wayne (Michael Keaton) luta contra o crime na cidade de Gotham, disfarçado como Batman. Porém, quando o vilão Coringa (Jack Nicholson) surge e começa a controlar o submundo do crime, o herói precisa encará-lo.
Batman, de 1989, como introdução
Com uma Gotham cheia de características visuais únicas, iniciamos o filme com uma família entrando em um beco e sendo assaltada. Será o jovem Bruce Wayne com seus pais? Não, o Batman já existe. Então, a forma com que temos a introdução desse personagem é sensacional, sua silhueta é o bastante para sentirmos o tamanho dessa presença.
É interessante como Michael Keaton traz doses de humanidade para seu Bruce Wayne, mas consegue ser muito imponente quando se assume como Batman. A própria história define que as pessoas não sabem se o Batman é real ou não, deixa cada aparição dele mais fascinante, somado ao seu ótimo visual.
Nesse sentido, o roteiro impõe situações para os personagens tomarem as atitudes que tomam. Tudo está devidamente encaixado em prol da história, mesmo que nem sempre tenha tamanha relevância. Todos os movimentos são necessários para atingirmos o conflito principal. Assim, existe organicidade e adições bem-vindas.
A autenticidade do filme
Jack Nicholson é simplesmente fantástico. Seu Coringa é extremamente caricato e teatral, zombando das mais diversas situações e nos conquistando com tamanho carisma. Ele é um daqueles vilões que nem sempre precisamos ter empatia, mas gostamos de ver ele em tela.
Dessa forma, suas frases são memoráveis e suas ações são tragicamente divertidas. O plano desse personagem tem um efeito significativo na trama, trazendo esse tom mais próximo dos quadrinhos. Há situações críveis, no entanto, também há as malucas e anormais.
E é interessante como esse fator define a nossa diversão com o filme. Todos estão suscetíveis ao perigo que está ocorrendo, mas, em simultâneo, existe essa mescla da galhofa com o sombrio, tendo um perfeito balanço. Não é um filme infantil, dado o impacto de algumas cenas e o ”frio na barriga”, porém também não é extremamente adulto.
Portanto, Batman é um filme de extrema competência. Que, além de trazer um visual marcante e bons personagens, tem uma das melhores trilhas sonoras do cinema, realizada pelo excelente Danny Elfman. É um filme que continua bom até hoje!