Alguns elementos de histórias são marcados para sempre no imaginário do leitor. O trem para Hogwarts, a toca de um Hobbit, e, é claro, o guarda-roupa que leva à Nárnia. Talvez, em algum momento da sua vida, você tenha entrando em um guarda-roupa, afastando os tecidos ali guardados, esperando encontrar-se em outro mundo. Esse e muitos outros elementos clássicos da literatura de fantasia, foram criados em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, a primeira parte da tão aclamada As Crônicas de Nárnia, escrita por C. S. Lewis.
A trama de As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
Lucas, Lúcia, Edmundo e Susana, tem que abandonar sua casa em Londres por conta dos bombardeios alemães, durante a Segunda Guerra Mundial. Eles se instalam em uma residência distante no campo, uma grande mansão antiga e cheia de lugares para eles descobrirem, até que, durante uma brincadeira de esconde-esconde, a mais jovem, Lúcia, descobre um guarda-roupa que a leva para Nárnia.
Lá, faz amizade com um Sátiro, uma criatura mágica da região, que explica para Lúcia que uma malvada Rainha está em guerra contra todos os povos, e, graças a sua magia maligna, sempre é inverno em Nárnia e o Natal nunca chega.
Determinados a ajudar o povo de Nárnia, os irmãos permanecem e presenciam a volta de Aslam, o primeiro rei e criador da Terra, mas um dos irmãos, Edmundo, é manipulado por um feitiço da Rainha.
O desenvolvimento
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa é um livro infantil, a descrição dos cenários é bem simples, muitos dos eventos que a história toma são leves, mas isso não a torna fraca. Todos os personagens são únicos e interessantes, dando destaque para Edmundo que faz uma clara referência a Judas, já que Lewis era cristão e escreveu Nárnia como um grande paralelo para sua religião. Paralelo esse que fica claro nesta aventura, em particular.
Lewis junta várias mitologias, como os já ditos Sátiros, o Papai Noel, animais falantes. Mitologias que coincidem com Aslam, um leão falante e sábio, uma clara referência ao próprio Jesus Cristo. Muitas dessas escolhas de Lewis já foram criticadas, e podem desagradar alguns leitores que buscam tramas mais complexas, apesar de que muitos dos livros seguintes a esse tenham tais elementos.
Vale a pena?
Contudo, esses pontos fazem desta uma leitura muito satisfatória e fácil de se engajar, pode ser desfrutada tanto por crianças quanto por adultos, em qualquer hora. Nunca é cedo ou tarde demais para voltar à Nárnia. Essa é uma história clássica, indicada para todos!
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