Dirigido por John Carpenter, Halloween – A Noite do Terror é um dos grandes clássicos do terror. O longa não foi o primeiro a tratar de um serial killer, mas, a partir dele, que custou pouco e faturou bastante, surgiu uma série de projetos no mesmo estilo.
Várias pessoas, ainda lembram desse filme até hoje. Mas, afinal, quais são os fatores que exaltam o valor dessa obra???
Em Halloween – A Noite do Terror, Michael Myers é um maníaco que vive em uma instituição há 15 anos, desde quando matou brutalmente sua própria irmã. Porém, ele consegue fugir e retorna à cidade natal para continuar seus crimes, criando, então, uma obsessão por Laurie Strode.
Desenrolar de Halloween
Acima de tudo, esse filme mostra que um bom roteiro e uma boa direção fazem a diferença. A duração do filme não abusa do seu tempo e o roteiro consegue fazer bom proveito de grande parte dos elementos que apresenta. Sem ser muito expositivo, movimentando as situações com sutilidade.
É interessante como a premissa é simples, porém, sua execução é ótima. Laurie Strode, interpretada por Jamie Lee Curtis, é uma personagem ótima e inteligente; da qual é construída uma relação desde o início para você se preocupar com ela, quando necessário.
A composição de John Carpenter é minimalista, ajudando na construção de toda a tensão presente e colocada de forma pontual. Um dos grandes feitos do filme é a maneira com que a direção estabelece a tensão para o telespectador.
Esses personagens estão vivendo o dia a dia, mas, você sabe que eles estão correndo grande perigo e é isso que gera o desconforto. Contudo, alguns defeitos se mostram presentes, como, por exemplo: como essas pessoas (a não ser Laurie) não se sentem vigiadas? E qual a função do Dr. Loomis no fim da história?
Ainda sim, o motivo que leva as coisas a acontecerem é surpreendente e original. Pois, existe um mistério por trás de tudo e isso não precisa ser necessariamente explicado, basta apenas ter uma boa estrutura e saber quando utilizar seus recursos.
O último ato é ótimo. Existe muita presença na ameaça e as ações são bem criativas e assustadoras. Por isso, Halloween – A Noite do Terror é tão marcante, com muito pouco, ele consegue nos entregar muito.
Michael Myers
Toda a mitologia de Michael Myers é fascinante. Desde a primeira cena, onde vemos seu ‘nascimento’ de uma forma extremamente perturbadora e despertando nossa curiosidade a respeito do que esse personagem irá concretizar no futuro.
Seu visual é simplesmente icônico e sua presença em tela é forte. Myers não precisa dizer uma palavra sequer para nos gerar medo. Ele é sorrateiro, frio e persistente — o próprio criador, John Carpenter, o descreve como “uma força do mal à solta e impossível de matar”. Como não sentir a força e imponência desse antagonista?
Além disso, um fator notável do filme é como a direção nos imerge em Myers. Em muitos momentos, temos sua visão em primeira pessoa, junto dos momentos em que ele só aparece como elemento de fundo, demonstrando sempre sua observação de tudo.
Portanto, os fatores citados acima englobam uma excelente experiência. O filme é repleto de boas ideias, personalidade e substância. Mesmo depois de 43 anos, Halloween – A Noite do Terror não perde sua força!