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Início » Críticas do CN42 » Críticas de Filmes » Crítica | Antes do Amanhecer (1995)

Crítica | Antes do Amanhecer (1995)

Por Karlos Eduardo
24/08/2023
Tempo de leitura: 4 mins
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Divulgação / Warner Bros. Pictures

Divulgação / Warner Bros. Pictures

Dirigido por Richard Linklater, Antes do Amanhecer é um dos romances mais preciosos que o cinema já nos proporcionou. O longa teve como inspiração Amy Lehrhaupt, uma mulher que Linklater conheceu na Filadélfia em 1989, durante uma viagem. Eles passearam pela cidade e conversaram a noite inteira, fazendo com que aquele curto tempo fosse inesquecível.

Ambos trocaram números e mantiveram contato, mas, com o tempo, se separaram devido a problemas de longa distância. Linklater tinha a esperança de Lehrhaupt aparecer na exibição do filme, o que, infelizmente não aconteceu. Ele acabou descobrindo um tempo depois que ela havia morrido em um acidente de moto em 1994, um mês antes do início das filmagens. Linklater deu a ela uma dedicatória nos créditos finais.

No filme, Jesse (Ethan Hawke), um jovem americano, e Celine (Julie Delpy), uma jovem francesa, acabam se conhecendo numa viagem de trem. Então, eles iniciam uma conversa que os leva a passar um dia em Viena, onde acabam conhecendo um pouco mais do outro. Agora, eles não sabem o que o destino os reserva.

Tempo e espaço em Antes do Amanhecer

Divulgação / Warner Bros. Pictures

Quase 20 anos depois com Boyhood, Linklater teria escrito como a última linha de seu filme a frase ”o momento nos aproveita”. E, talvez, essa seja a principal assinatura do cineasta dentro de sua filmografia, que, existe desde Antes do Amanhecer. Um dos detalhes mais incríveis do filme é justamente sermos encaixados na viagem à Viena junto com Jesse e Celine. Em um determinado momento, enquanto eles caminham, Celine se depara com uma obra de arte onde as pessoas desenhadas são desfocadas em relação ao seu ambiente, passando a ideia de que aquele local é o que realmente importa. E embora sejamos fisgados na trama dos personagens, o mundo que os cerca é essencial para a história.

O grande chamariz da experiência se deve de fato à espontaneidade dessas pessoas que acabaram de se conhecer, mas que logo percebem uma conexão única. Ainda assim, o diretor propõe uma amplitude para além deles, de maneira sutil. Quando adentramos no trem, sabemos o que todas as pessoas naquele vagão estão fazendo. Em cada visita há uma vivência diferente sendo retratada, seja pelas pessoas, cultura e história daquele local. E o tempo passado nessa viagem, mesmo que seja curto, acaba sendo extremamente significativo, de diversas maneiras.

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Dessa forma, Viena acaba sendo um personagem à parte. Um dos momentos que melhor ilustra isso é justamente os últimos instantes do filme. Os personagens passam por pontos específicos durante a história, e o final mostra todos esses pontos novamente, mas vazios. Pode ser que você fique tão investido nos diálogos que nem perceba tanto à ambientação, mas quando chegar nesse momento, inconscientemente irá refletir sobre como você também fez parte desse breve, mas apreciável passeio.

Jesse e Celine

Divulgação / Warner Bros. Pictures

Além dos fatores citados anteriormente, a premissa do filme é suprida com excelência por três fatores: roteiro, direção e atuações. Cada uma dessas coisas se complementa, trazendo não só um tipo de sensibilidade capaz de encantar qualquer um, mas, de fato, um equilíbrio narrativo.

As linhas de diálogos são tão naturais que chega a ser assustador pensar que alguém articulou aquilo. Sendo sublimemente incrementadas pelas longas tomadas, tornando a câmera como um artifício para o público espiar as conversas. É gostoso pensar que fazemos parte desse laço, nos afeiçoando a cada lado e compreendendo essa beleza do acaso. Nesse sentido, o investimento é tão instantâneo desde a primeira troca de olhares que sequer percebemos o fato de não sabermos os nomes dos personagens durante os 20 minutos iniciais.

Jesse, em suas desilusões e ceticismo, contrapõe o romantismo e doçura de Celine, e juntos eles geram uma singularidade. Nessa troca de experiência, ambos os personagens apresentam complexidades que os tornam mais interessantes. Dentro das extensas conversas terão as crises existenciais, reflexões morais e a construção amorosa que floresce a cada segundo. Essa conexão estabelecida é puramente emocional, mas faz com que cada contato físico seja mais íntimo e real.

A troca e desvio de olhares durante o momento em que eles estão na cabine ouvindo Come Here, faz desse flerte silencioso uma das cenas mais memoráveis da história do cinema. Um apaixonado Ethan Hawke nos cativa apenas com seus olhares de fascínio com uma meiga e autêntica Julie Delpy. Esse casal, inclusive, tem uma das químicas mais mágicas e realistas nos filmes de romance.

Portanto, Antes do Amanhecer é perfeitamente ilustrado em sua forma, bem como traz temas que permearão a vida de todo mundo. De muitas formas, ele nos faz criar esperanças sobre o amor. As coincidências malucas da vida podem gerar frutos que farão do nosso arredor mais bonito e otimista. Embora o final traga uma ambiguidade de não sabermos se aquilo realmente viria a acontecer, aqui, isso não acaba importando tanto, visto que o mais deslumbrante, apaixonante e necessário já foi vivido.

Ver trailer

Antes do Amanhecer

Before Sunrise

Ano: 1995
Duração: 105
Direção: Richard Linklater
Roteiro: Kim Krizan, Richard Linklater
Elenco: Ethan Hawke, Julie Delpy

NOTA

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Karlos Eduardo

Karlos Eduardo

Apesar de ainda jovem e eternamente aprendiz, completamente apaixonado por toda a beleza que compõe o cinema. Tentando sempre expandir mais o olhar cinematográfico com minhas fontes de inspiração, seja nos próprios filmes ou em quem fala sobre eles.

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