Psicose, de Robert Bloch, é a magnum opus do escritor norte-americano e um dos romances mais conhecidos do século passado; eternizado na adaptação cinematográfica homônima de 1960, produzida por Alfred Hitchcock.
A edição publicada no Brasil pela Darkside Books, traz capa dura, fitilho marcador, diagramação impecável e um projeto gráfico que enriquece a leitura. Como bônus, a edição ainda traz uma compilação de imagens do filme produzido por Hitchcock, que encerra a leitura com chave de ouro e destaca a importância dessa obra na cultura pop.
Psicose é levemente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein — que também inspirou outras obras como O Massacre da Serra Elétrica e O Silêncio dos Inocentes — confira o nosso artigo sobre o serial killer. No livro, o autor nos apresenta uma obra atemporal repleta de questionamentos, suspense e desfechos imprevisíveis.
A trama de Psicose
Na trama, após roubar quarenta mil dólares da empresa onde trabalhava para se casar com o namorado e quitar suas dívidas, Mary Crane foge em direção ao namorado que mora em outra cidade, mas acaba se perdendo por conta de uma tempestade. Mary acaba decidindo pernoitar em um hotel que encontra pelo caminho, onde conhece o educado e nervoso proprietário do estabelecimento, Norman Bates, um jovem de estranhos hábitos, que alimenta uma relação conturbada com sua mãe. O que era para ser uma simples noite, acaba se transformando no maior pesadelo de Mary e desencadeia uma série de acontecimentos.
Robert Bloch não é uma das inspirações de Stephen King sem motivo. Desde cedo, Bloch era grande fã dos contos escritos por H. P. Lovecraft. Essa e outras referências o ajudaram a afinar sua escrita e “amarrar” suas tramas como poucos eram capazes na época. Em Psicose, o autor nos guia por uma trama repleta de mistérios e momentos viscerais, mas com elementos simples que engrandecem a obra. No livro, vemos, também, a incrível capacidade do escritor em “tecer” sua história e amarrar cada capítulo, adicionando cada vez mais detalhes à trama, ajuda o leitor a mergulhar em todo o suspense criado entorno de seus personagens.
Vale a pena?
Leitura obrigatória para qualquer fã apaixonado por clássicos de suspense, Psicose, em suas 237 páginas, consegue prender o leitor à leitura do início ao fim, apresentando diálogos minuciosamente pensados, elementos e reviravoltas imprevisíveis e uma atmosfera típica de uma ficção policial. E se você faz parte do grupo que nunca assistiu ao filme de Hitchcock, ficará surpreso com cada reviravolta e com o desfecho da trama.
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