O novo filme da DC, O Esquadrão Suicida, já está disponível nos cinemas, numa nova versão bem diferente do filme de 2016. O novo longa, dirigido por James Gunn (Guardiões da Galáxia), chega como um dos melhores filmes da DC/Warner.
No filme, Amanda Waller (Viola Davis) reúne uma equipe de super vilões para destruir um antigo prédio nazista que abriga um experimento que poderia afetar os EUA, chamado Starfish, localizado na remota ilha de Corto Maltese.
Com essa premissa simples, o filme de James Gunn consegue nos entreter em suas mais de duas horas de duração, sem nos fazer perder o interesse na narrativa. Isso por conta de como a história é conduzida: sem perder muito tempo em questões supérfluas.
Se tratando de um filme cômico, é comum ver personagens totalmente caricatos e “idiotas”, algo que Gunn já demonstrou saber lidar muito bem. São muitos personagens, alguns recebem mais tempo de tela, sendo melhor aprofundados, mas outros acabam não tendo tempo suficiente para terem histórias interessantes. No entanto, a forma como todos os personagens são apresentados ou descartados, é conduzida de forma caótica e interessante.
O filme tem bons momentos de ação, a violência e o gore são elementos necessários para concretizar um filme tão hilário, assim como os bons efeitos visuais e a trilha sonora que contribuem para a experiência de assistir O Esquadrão Suicida ser tão divertida.
James Gunn, em nenhum momento, se desfaz do filme anterior, fazendo deste um novo filme que pode ser considerado sequência do antecessor, ou uma nova versão. Tanto uma maneira como a outra funcionam, mesmo assim, o diretor deixa alguns comentários subentendidos, em alguns momentos, de que aquela equipe se foi e agora temos um novo Esquadrão Suicida.
Esses comentários por metáforas são pontos interessantes do filme, que abordam assuntos socio-políticos de forma cômica e caótica, deixando boas reflexões após o fim do filme.
Há algumas discussões com determinados personagens que os tornam mais interessantes, como as que vemos envolvendo a Arlequina (Margot Robbie) e o Pacificador (John Cena), personagens que possuem motivações que despertam, no espectador, o interesse em ver tais questionamentos melhormente trabalhados. Os outros personagens, todos, tem bons momentos e alguns aspectos interessantes, tanto no roteiro como nas atuações.
Contudo, os pontos mais positivos no quesito atuação, vão para Viola Davis, que ganha sempre a tela em todas suas cenas. Além dela, Daniela Melchior, a Ratcatcher II, é a grande surpresa no elenco, se tornando uma chave principal no filme.
O Esquadrão Suicida é caótico, violento e divertido, em uma história repleta de ação e alívios cômicos, como deve ser um filme destes personagens.
James Gunn trouxe uma nova esperança aos filmes da DC, reacendendo nos fãs a vontade de acompanhar estes personagens.
Sem dúvidas um dos melhores filmes deste universo cinematográfico.