Com 2022 tendo chegado ao fim, e com esse ano sendo praticamente o retorno às salas de cinema, tivemos desde os lançamentos dos filmes mais incríveis até os mais decepcionantes. Junto a isso, os lançamentos em streaming só cresceram. E fato é que esse ano foi incrivelmente vasto para o cinema, já que houveram: as primorosas animações em stop-motion, os surpreendentes filmes de terror, o resgate mesclado com inovação de histórias que já conhecemos, e, claro, as cativantes histórias originais.
Por isso, hoje vamos listar os melhores filmes de 2022. Lembrando que: na maioria destas citações de filmes, a crítica deles estará linkada no subtítulo para você conferir a nossa opnião com mais aprofundamento.
Pânico (2022)

No filme, um novo assassino se assume da máscara de Ghostface e começa a perseguir um grupo de adolescentes na pacata cidade de Woodsboro. Sidney Prescott (Neve Campbell), deve retornar para a cidade e descobrir o que está acontecendo.
Iniciando o ano satiricamente, aqui tivemos um filme da franquia Pânico com muito vigor. Trazendo a essência e até personagens do filme original, o novo longa de terror soa instigante e cheio de mistério. E dentro de sua proposta, consegue atualizar com muita competência suas temáticas para os dias atuais.
The House (2022)

No filme, uma família humilde (Mia Goth, Matthew Goode, Claudie Blakley) um arquiteto ansioso (Jarvis Cocker) e uma senhoria cansada (Susan Wokoma) ficam presos à mesma casa misteriosa em épocas diferentes. Em cada período, um novo conflito se torna presente.
A sensação de que algo está fora do lugar gera um inevitável desconforto nessa animação tão medonha e incomum. Dentro das três histórias, temos mensagens a respeito de materialismo, sentimentos de repulsa e até felicidade. O stop-motion é um dos grandes charmes no visual, além dos ambientes e objetos que transparecem tanta veracidade.
Eduardo e Mônica (2022)

No filme, uma série de coincidências levam Eduardo (Gabriel Leone) a conhecer Mônica (Alice Braga) em uma festa. Uma certa curiosidade é desperta entre os dois e, apesar de não serem nada parecidos, eles se apaixonam fortemente.
Esse é um daqueles romances mais gostosos de se assistir. Ele mostra o valor das pequenas coisas e como isso pode significar tanto. Dentro das vivências desse casal, há as diferenças, a paixão que cresce cada vez mais e os constantes aprendizados decorrentes de desentendimentos. Com escolhas visuais espontâneas e saltitante aos olhos, temos um excelente complemento tanto visual quanto narrativo para a música de Renato Russo.
Fresh (2022)

No filme, Noa (Daisy Edgar-Jones) está passando por uma série de relacionamentos frustrados. Quando conhece Steve (Sebastian Stan), um rapaz muito agradável e atrativo, ela fica encantada e finalmente pensa que está em uma relação boa e segura. Contudo, alguns apetites do rapaz são bem incomuns.
Uma boa subversão de expectativa é de conquistar qualquer um. Sendo um potencial filme de romance, aqui embarcamos em uma história com elementos completamente desconcertantes. Com um roteiro sagaz e sutil, a escala dos acontecimentos aumenta junto da tensão estabelecida, gerando incômodo por ser ”cru”’.
Licorice Pizza (2022)

No filme, Gary (Cooper Hoffman) busca oportunidades de atuação em Hollywood. Nesse meio tempo, ele conhece Alana (Alana Haim), que é bem mais velha e enfrenta problemas adultos. Então, ao viver inúmeras aventuras juntos, eles irão fechar novos negócios, flertar e fingir que não ligam para o outro.
Licorice apresenta uma estrutura muito incomum, já que praticamente todos os seus acontecimentos soam extremamente cotidianos. Mas mesmo com tamanha aleatoriedade, a gradual construção de algo implícito entre esse ”quase casal” é sublime, junto das temáticas de pertencimento e amadurecimento. Aqui temos uma experiência criada para ser contemplada, ouvida e sentida.
Batman (2022)

No filme, Bruce Wayne (Robert Pattinson) está em seu segundo ano atuando como Batman em Gotham City. Ele está completamente imerso nas sombras da cidade e na promessa de torná-la um lugar melhor. Assim, com apenas dois aliados confiáveis, James Gordon (Jeffrey Wright) e Alfred Pennyworth (Andy Serkis), o vigilante torna-se a única esperança de vingança contra o crime cravado em cada canto da cidade.
Estamos diante do maior filme de super-herói do ano, sem mais. Fica difícil assistir qualquer filme dentro do universo de quadrinhos após Batman, pois esse nível só ele conseguiu atingir em 2022. Com uma Gotham City opressora, atuações espetaculares, escolhas artísticas memoráveis e motivações bem postas no roteiro, temos um grande filme que ressignifica o mito do herói.
O Homem do Norte (2022)

No filme, o jovem Príncipe Amleth (Alexander Skarsgård), testemunha o assassinato do próprio pai (Ethan Hawke) pelas mãos de seu tio Fjölnir (Claes Bang). Depois que presencia sua mãe (Nicole Kidman) e reino tomados pelo assassino, ele foge, jurando vingança.
Filmes de vingança tendem a serem satisfatórios, ao mesmo tempo que trágicos. E, aqui, com toda a mitologia nórdica que Robert Eggers propõe, somos instigados a imergir nesse mundo e esta jornada silenciosa de Amleth. Somos impactados desde o cair da chuva até o estrondo da batalha mais aguardada, além de sermos surpreendidos pela imprevisibilidade de uma história que parecia tão certa.
Top Gun: Maverick (2022)

No filme, Maverick (Tom Cruise) está onde pertence, ultrapassando todos os limites e ainda se destacando por isso. No entanto, após ser convocado para voltar à Top Gun e orientar uma nova equipe para uma missão, ele fica receoso, afinal, um dos pilotos é filho de seu falecido amigo Goose.
O que dizer do grande ”cinemão” do ano? Aqui tivemos não só a imersão da aventura e de nos sentirmos dentro dos caças, mas uma história consistente que continua os acontecimentos do filme anterior com muita dramaticidade e peso. Esse é um filme que, com sua simplicidade e energia, transmite as emoções mais genuínas à quem assiste. Carismático, tocante e muito divetido!
Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (2022)

No filme, Evelyn (Michelle Yeoh) é uma senhora que leva uma vida difícil. No entanto, ela se envolve em uma aventura maluca relacionada ao multiverso e outras versões de si própria. Com um grande perigo se aproximando, ela é a única capaz de impedi-lo, mas antes, precisa entender todas as regras e usá-las a seu favor.
Esse certamente é o grande destaque do ano. Abusando das maluquices de um extenso multiverso, temos um filme que passeia pelos mais diversos gêneros. Com muita criatividade e originalidade, esta ficção faz questão de abordar discussões humanas e existencialistas. A montagem frenética, as atuações sinceras, os minimalismos visuais e a imprevisibilidade de tudo deixam esse filme como um jovem clássico.
Elvis (2022)

No filme, a vida de Elvis Presley (Austin Butler) é contada através dos olhos de seu enigmático empresário, o coronel Tom Parker (Tom Hanks). Essa complexa relação entre os dois dita desde a ascensão do astro, até a sua decadência, tendo como pano de fundo a perda da inocência na América.
Lidando com o lúdico e surreal, aqui temos um extenso passeio pela vida de uma das figuras mais influentes do rock. Com uma interpretação magistral de Butler, temos a enérgica recriação de shows fabulosos, com músicas empolgantes e, as sensíveis também. A identidade de Baz Luhrmann traz ao filme seu estilo arrojado, além das recorrentes temáticas sobre a obsessão do amor e os conflitos que cercavam este ícone.
Não! Não Olhe! (2022)

No filme, uma cidade no interior da Califórnia começa a ter eventos bizarros e, ao que parece, extraterrestres. Os irmãos OJ (Daniel Kaluuya) e Emerald (Keke Palmer) possuem um rancho de cavalos e são vizinhos de um parque de diversões, sendo as principais testemunhas desses acontecimentos sinistros.
Com muitas interpretações e subtextos, o longa cativa por sua história inventiva. Lidando com a subversão dos espetáculos, até os pequenos detalhes apresentados na trama fazem parte do todo que Jordan Peele quis discutir. Os personagens são os heróis da própria história, justamente pelas intenções questionáveis e compreensíveis. Além disso, a criatura antagônica é simplesmente memorável!
Trem-Bala (2022)

No filme, Ladybug (Brad Pitt) é um assassino trapalhão, cuja atual missão parece, até então, fácil. Com o único objetivo de roubar uma maleta dentro um trem-bala em Tóquio, seu caminho é cruzado por outros adversários tão letais como ele. O que cada um não sabe, é que o plano de todos têm algo em comum.
Trem-Bala é um filme que soa no máximo divertido quando se assiste pela primeira vez. Mas conforme você reassiste e o discute com outras pessoas, a experiência cresce. Afinal, essa é uma comédia de muita qualidade, acompanhada de uma ação sanguinolenta e acidez no texto. Se passando dentro de um único local, somos facilmente investidos em todas as bizarrices que vão se conectando.
X – A Marca da Morte (2022)

No filme, ambientado na década de 70, um grupo de jovens cineastas parte para uma viagem em uma fazenda no Texas, a fim de fazer um filme para adultos. Contudo, os donos do local, um casal de idosos, começam a ter atitudes bem estranhas.
Econômico em duração e com questões a serem levantadas, essa espécie de ”Boogie Nights de terror”, apresenta personagens com propósito. Também estamos falando de uma grande homenagem aos clássicos do gênero de terror, acompanhada de mortes brutais e com o melhor uso gráfico de violência dos últimos anos.
Men – Faces do Medo (2022)

No filme, Harper (Jessie Buckley) parte para uma zona rural inglesa, após vivenciar uma tragédia próxima. Visando se recuperar, ela passa a explorar o local e percebe que está sendo perseguida. Além disso, todos os homens ao seu redor possuem uma certa semelhança, fazendo seus traumas tomarem forma.
Inserido dentro de uma proposta completamente metafórica, Men assusta principalmente por todos os homens serem interpretados pelo mesmo talentoso ator. Esse é um dos melhores filmes que discute a pauta do trauma, e como ele pode influenciar todo o arredor de uma pessoa. Além disso, há um excelente uso de cores que manipulam nossas emoções para o que está acontecendo.
Pearl (2022)

No filme, Pearl (Mia Goth) se sente isolada e presa na fazenda em que mora, estando carregada de cuidar de seu pai doente (Matthew Sunderland), enquanto está sob os cuidados de sua mãe cruel (Tandi Wright). Desejando a vida glamorosa que ela viu retratada nos filmes, uma mistura de suas ambições, tentações e repressões a assolam e fazem com que ela vire a vilã que temia se tornar.
A continuação/prequel de X consegue ser ainda melhor do que o próprio. Com a extraodinária Mia Goth de volta ao papel de Pearl, aqui temos um filme com menos personagens e mais foco para a construção dessa figura narcisita e psicótica. Tendo também o uso de cores bem ressaltadas e um texto afiado, a criação de um novo ícone para o terror nasce.
Até os Ossos (2022)

No filme, Maren (Taylor Russell), abandonada tanto pela mãe quanto pelo pai, decide rodar o país à procura de respostas. Nesse tempo, seu caminho é cruzado por Lee (Timothée Chalamet), que possui as mesmas tendências que ela, e juntos eles vivem um relacionamento intenso na estrada.
Junto de Fresh, que foi citado anteriormente, Até os Ossos fecha a dupla de filmes canibais mais desconfortáveis do ano. Ainda assim, esta história surpreende por adentrar em um inesperado romance, de duas pessoas que foram moldadas por problemas do passado. Nesse sentido, em simultâneo que somos imersos em uma atmosfera incomodativa, nos importamos com o que está prestes a acontecer.
O Menu (2022)

No filme, um grupo de pessoas está indo degustar o menu de um ilustríssimo Chef (Ralph Fiennes), no seu restaurante localizado em uma ilha. Contudo, conforme os pratos são apresentados, coisas estranhas começam à acontecer ao redor dos clientes, e eles percebem que esse não será um simples jantar.
Caso procure uma experiência completamente atípica e imprevisível, O Menu te proporcionará isso. Aqui temos viradas bem arquitetadas, junto de uma notável tensão criada principalmente pela figura do Chef, que é brilhantemente interpretado por Fiennes. Em pouco tempo você estará investido nessas ideias, não sabendo o que esperar e ficando admirado com a classe do ambiente e resultados entregues.
Pinóquio por Guillermo del Toro (2022)

No filme, o grilo-falante (Ewan McGregor) narra a história de um pai solitário (David Bradley) que cria um boneco de madeira, cujo nome é Pinóquio (Gregory Mann). Após Pinóquio magicamente ganhar vida, ele fica confuso e deslumbrado por ser tão diferente de todas as outras pessoas, e quando recebe uma proposta irrecusável e finamente acha que se encontrou, tanto a sua vida quanto a de seu pai muda repentinamente.
Em uma história que já recebeu tantas versões, o del Toro, com sua autenticidade e amor ao cinema, inovou Pinóquio. O stop-motion salta aos olhos, além de todas as mensagens que permeiam a história. Aqui temos o surreal, mas também, os conflitos humanos e reais que todo mundo passa. É impossível não se divertir e emocionar ao sair da experiência.
Avatar: O Caminho da Água (2022)

No filme, Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoë Saldaña) finalmente formaram uma família. No entanto, o retorno de um inimigo do passado faz eles saírem de casa e explorar outras regiões de Pandora, procurando ajuda. Agora, dentro de um novo ambiente e sob os cuidados de um povo adepto à água, eles precisam se preparar para enfrentar a ameaça.
Ao lado de Top Gun: Maverick, temos aqui o filme que necessita ser visto no cinema. A explosão visual que são os efeitos visuais desse filme trazem um contexto contemplativo, com textura e verdade aos olhos de quem assiste. Dessa forma, a história que fala sobre amadurecimento e legado, também prende à atenção.
Glass Onion: Um Mistério Knives Out (2022)

No filme, o afortunado Miles Bron (Edward Norton) convida seus amigos excêntricos para sua ilha particular para jogar um jogo de detetive. Contudo, um assassinato real ocorre e as coisas saem do controle. Com poucas pessoas sendo suspeitas, o detetive Benoit Blanc (Daniel Craig) precisa investigar o que realmente está acontecendo.
A sequência do excepcional Entre Facas e Segredos mostra como Rian Johnson realmente não erra. Sendo quase completamente desvinculado de seu filme antecessor, aqui temos um novo mistério cheio de reviravoltas, estando encaixado em um outro tipo de estrutura. Cada detalhe vai se tornando importante neste filme de natureza extravagante e dinâmica.
Extra: Entergalactic (2022)

Na animação, Jabari (Kid Cudi) é um jovem artista se esforçando para ganhar a vida em Nova Iorque. Logo após conhecer Meadow (Jessica Williams), sua nova vizinha, a vida de ambos é conectada pela arte e música, assim, eles acabam se envolvendo em uma apaixonante história de amor.
Mesmo sendo considerado um especial de TV, Entergalactic merece uma menção honrosa. A animação, vinda do mesmo estilo de Homem-Aranha: No Aranhaverso aborda, com muitas fantasias e distorções da realidade, uma história adulta e relacionável. É encantador como a trilha de Kid Cudi encaixa tão bem nesse complemento visual para o seu álbum.
Portanto, essa é a nossa lista dos melhores filmes de 2022. Você concorda com ela? Quais outros ficaram de fora? Deixe nos comentários!